MP enquadra o presidente da Câmara de Mesquita

Sancler Nininho – que chegou a ter a prisão pedida pela Promotoria – é acusado de organização criminosa e fraude licitatória

● Elizeu Pires

Nininho chegou à presidência da Câmara com discurso de moralidade e transparência, mas…

O circo montado pelo presidente da Câmara Municipal de Mesquita, Saint Clair Esperança Passos, o Sancler Nininho (PROS) para silenciar a vereadora Mesquita Ana Cris Gêmeas (PSD) desabou e as estacas caíram sobre ele, que está respondendo agora na Justiça por organização criminosa, denunciado que foi pelo Ministério Público que, inclusive, chegou a pedir a prisão dele. O político e outras sete pessoas, de acordo com a denúncia, atuam no sentido de desviar dinheiro público “através de peculato, fraudes, falsificações e crimes licitatórios”.

Nininho preside a Câmara desde janeiro de 2018, quando, com apoio da maioria dos membros da Casa, deu uma espécie de golpe no então chefe do Poder Legislativo, Marcelo dos Santos Rosa, mais conhecido como Biriba, também acusado de fraudes em processos licitatórios, e de nomeações de assessores fantasmas. Sancler assumiu com discurso de moralidade, honestidade e transparência, mas não é bem isso que se viu por lá.

Rachadinhas – Conforme o elizeupires.com revelou na matéria Nomeações para a Câmara de Mesquita serão devassadas por investigação: Suspeitas são de assessores fantasmas e “rachadinha”, veiculada no dia 10 de agosto de 2021, a Casa não dava transparência aos atos do presidente, a ponto de não ser possível saber quantas pessoas foram nomeadas por ele para os cargos comissionados, quanto efetivamente recebe cada uma delas e onde os nomeados foram lotados. Sancler sequer respondia os requerimentos único membro da Câmara com coragem para questioná-lo, a vereadora Ana Cristina do Amaral, a Ana Cris Gêmeas.

Em julho do ano passado ela requereu informações sobre as contas do Poder Legislativo, buscando saber as movimentações financeiras da Câmara, além das nomeações, exonerações e gratificações pagas, dados que deveriam estar disponíveis no Portal da Transparência para o cidadão interessado possa fazer o controle social, mas ficou sem resposta. Já no início de 2021 começaram a surgir as denúncias de “rachadinha”, com nomeados sendo obrigados a devolver parte do salário, além da existência de supostos funcionários fantasmas.

Na denúncia à Justiça o MP pontua um caso em que, em fevereiro e março do ano passado o presidente da Câmara teria embolsado R$ 5.477, soma referente a dois salários de um assessor jurídico.

*O espaço está aberto para manifestação do presidente da Câmara Municipal de Mesquita.

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