Presidente da Câmara de Mesquita  e mais sete vão responder em juízo criminal por suposto esquema de ‘rachadinha’ denunciado pelo MP

● Elizeu Pires

Suspeito de comandar um esquema de rachadinha na Casa, o presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, Saint Clair Esperança Passos, o Sancler Nininho, foi às redes sociais e disse que “a justiça foi feita”. Se referia-se a denúncia do Ministério Público contra ele, inclusive com pedido de prisão cautelar, Nininho faltou com a verdade, pois ainda tem muita água para rolar debaixo dessa ponte, pois a juíza Juliana Benevides, da 1ª Vara Criminal Especializada, aceitou a denúncia contra ele e mais sete pessoas, e abriu prazo para defesa dos denunciados falar no processo. A única decisão favorável a ele está no fato de pedido de prisão não ter sido aceito.

Pelo que está na denúncia, Saint-Clair é suspeito de comandar um esquema de “rachadinha” na Câmara, um esquema que teria a participação de seis funcionários e de um cunhado do presidente. Foram denunciados – além do presidente Winkler Ferreira Gouveia (cunhado), Thiago Rodrigues (chefe do setor de recursos humanos da Câmara), Elaine Izolani (diretora orçamentária e financeira), Hevandro Menezes (chefe do serviço de protocolo), Elieser Correa (diretor financeiro) e os funcionários Marcelo Alves França e Carlos Henrique Siqueira.

Conforme já foi revelado pelo elizeupires.com, A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu representou na Justiça contra Nininho, apontando-o como líder de uma organização criminosa que teria se instalado no Poder Legislativo de Mesquita.

Segundo as investigações do Ministério Público, eram utilizadas no esquema “diferentes práticas ilegais, como a nomeação de funcionários fantasmas, cujos vencimentos eram recebidos pelos integrantes da organização criminosa”. Em sua defesa Nininho tem alegado inocência e dito que está sendo alvo de perseguição política.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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