São Fidélis: Câmara vai analisar pedido de impeachment do prefeito, que o meio político acredita que não será aprovado

● Elizeu Pires

Uma comissão de investigação aberta pela Câmara de Vereadores para apurar desvio de recursos do Fundo de Previdência do Município de São Fidélis (FPMSF), através de contratos, pode atingir, se for mesmo adiante, a quem, na verdade, nunca fora o alvo da Casa, o prefeito Amarildo Henrique Alcântara (foto), mais conhecido na região como Amarildo do Hospital, que conta com apoio da maioria dos membros da Câmara.

É que uma CPI que foi instituída para em junho de 2023 para investigar isoladamente três pessoas que estariam envolvidas em irregularidades apontadas no FPMSF, mas no decorrer das investigações teriam surgido provas de que os alvos diretos da CPI não seriam os verdadeiros beneficiários dos recursos que teriam sido depositados em suas contas bancárias.

Desta forma, o prefeito que não era alvo da investigação, acabou sendo envolvido no processo durante a apuração e coleta de provas. Diante disso, o advogado Alex Penna, que defende os três investigados, protocolou pedido de cassação do prefeito, petição que deverá ser colocada sob apreciação dos vereadores nesta quarta-feira (7).

Em nota encaminhada ao um veículo da região, o SFN Notícias, o advogado fala em “provas irrefutáveis”, e na necessidade de a Câmara Municipal agir com imparcialidade no processo. “Eu sou advogado de três pessoas que estavam sendo investigadas isoladamente na CPI. Como as investigações chegaram num ponto, quando da quebra de sigilo bancário do Fundo de Previdência, onde apareceriam as contas dos meus constituintes, os quais não eram destinatários finais das verbas desviadas e existiam provas cabais dos reais destinatários, como conversas e áudios no WhatsApp, além de transferências bancárias realizadas, os meus clientes, como já vinham cogitando, deflagraram toda a situação, balizadas nas referidas provas”, disse ele, dando conta que de existiriam “manobras protelatórias para atrasar o término da CPI”.

Para que o processo seja levado adiante é necessário a aprovação por no mínimo dois terços da composição da Casa, que conta com nove vereadores. Nos ambientes políticos locais os comentários são de que o pedido não passa, e de que deverá sobrar mesmo é para os primeiros investigados.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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