● Elizeu Pires
Sempre que questionada sobre problemas na coleta de lixo na cidade a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), ignorando a deficiência de sua própria gestão, responsabiliza a administração do aterro sanitário que recebe os resíduos, fechando os olhos para a frota insuficiente e em mau estado disponibilizada pela empresa AMI3, que aluga caminhões e equipamentos para o serviço de coleta.
Considerada na cidade como “cara e supérflua”, a Comdep foi enquadrada pela Justiça, que deu a ela prazo de 72 horas para normalizar o serviço, mas mesmo com a empresa que administra o aterro liberando a entrada dos caminhões até às duas da madrugada, a autarquia municipal está pedindo mais prazo para atender a determinação da Justiça, dada em representação feita pelo Ministério Público.
Segundo alguns observadores, além da frota questionável, colabora para os problemas o fato de a empresa que loca os veículos receber por hora de serviço, e não por tonelada transportada. Isso, de acordo com quem acompanha a situação mais de perto, abriria brecha para o pagamento por caminhões parados, o que poderá ser objeto de investigação, já que a própria Comdep levou a locadora dos caminhões para o olho do furacão, depois de tornar-se alvo do MP.
O que se entende por lá, é que a AMI3, agora citada pela Comdep no documento em que a autarquia pede ao juízo da 4ª Vara Cível mais prazo para resolver o problema, deveria receber por produção, método que era aplicado quando outra empresa fazia o transporte do lixo até ao aterro sanitário.
Dívida – No dia 30 de novembro a empresa responsável pelo aterro sanitário para onde o lixo de Petrópolis é levado, informou à Câmara de Vereadores que há débito pendente na Comdep, mas que nem por isso vem impedindo a entrada dos caminhões da AMI3.
A dívida com a operadora do aterro é de cerca de R$ 1,5 milhão, e refere-se a faturas emitidas em setembro. A AMI3, por sua vez, também tem faturas atrasadas na Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, algo em torno de R$ 5,4 milhões.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
Estou chegando a conclusao que o setor público que deveria cuidar da ordem pública não serve pará nada. Sou morador da rua Manoel Torres e após mais de 20 e-mails enviado a SSOP sobre a bateria dos frequentadores nada foi feito, agora a crise do lixo é após determinações do MPRJ nada foi feito. Se o MPRJ não determinar a prisão do prefeito e intervenção na prefeitura que está até com problemas no pagamento do salário dos funcionários, acho que a situação pode chegar em um ponto sem volta. Sou a favor a população cobrar a prisão do prefeito e a intervenção na prefeitura imediata.
Se o MPRJ não fizer nada significa a que também não tem porque existir. O que corrobora com a visão que o ministério público tem não serve pará nada. A população deveria ir até a prefeitura e cobrar uma regularização da situação imediata…..se não ocorrer que ralo levarmos o lixo pará os jardins da prefeitura….o que acham?