● Elizeu Pires

Por conta de um suposto esquema de fraude em licitação feita pela Prefeitura de Silva Jardim para locação de veículos, pequeno município do interior do estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público denunciou 11 pessoas por associação criminosa e corrupção passiva, entre elas dois ex-secretários e um subsecretário. A denúncia foi ajuizada na Vara Única da cidade, que não só a acatou como determinou a suspensão do exercício da função pública dos denunciados.
No mesmo processo foi determinada da suspensão das atividades econômicas de cinco empresas. Em nome de duas delas, a Global Fleets Rent a Car e a Conecta Car Locadora de Veículos, o sistema que registra as despesas empenhadas e quitadas pela Prefeitura aponta pagamentos que somam cerca de R$ 7 milhões. Pelo que está no sistema a Global recebeu o total de R$ 1.546 milhão entre 2022 e abril deste ano, e a Conecta R$ 5,8 milhões, de 2023 ao primeiro semestre de 2025.

Além dessas duas empresas são citadas no processo a Jetta Comércio de Serviços (que tem contratos com várias prefeituras daquela região e em cujo nome consta no sistema um empenho anulado no valor de R$ 931.168,00), a CWM Rent a Car e a empresa Utilicar.
Pelo que está na denúncia do Ministério Público, os citados teriam interferidos nos processos de contratação de empresas, “direcionando licitações e formando um grupo de empresas para fraudar as propostas”.
Ainda de acordo com o MP, foram ajuizadas duas ações penais relacionadas ao mesmo esquema, todas envolvendo empresas e agentes públicos, mas o ex-subsecretário de Transportes Carlos Roberto Soares Nunes Junior , que é apontado como líder do grupo. Figura nos dois processos.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria