Briga entre prefeito e vice de Araruama teria sido farsa

Intenção seria desviar responsabilidade sobre medidas “antipáticas”

Em discurso contundente na sede do PR, seu partido na manhã do dia 25 de junho deste ano, ao lado do hoje candidato a governador Anthony Garotinho, o prefeito de Araruama, Miguel Jeovani – até então afastado da Prefeitura – afirmou que voltaria em breve ao cargo e que iria fazer uma “sopa de traíras”, referindo-se a uma suposta traição do vice-prefeito Anderson Moura, que o substituiu no governo até o dia 2 de julho, tendo tomado várias medidas consideradas “antipáticas” aos olhos da população que acreditou nas promessas de mudanças feitas por Miguel nos palanques da campanha de 2012.

De acordo com uma fonte ligada ao vice-prefeito, Anderson teria agido, o tempo todo em que esteve como prefeito interino sob orientação de Miguel, que não queria que as tais medidas afetassem a imagem da primeira dama Márcia Cristina Araújo Jeovani, candidata a deputada estadual pelo PR. Segundo a fonte, o interino não fez nada que não fosse de conhecimento de Miguel, inclusive o aumento da passagem de ônibus, a demissão de funcionários e a sanção de uma lei inconstitucional para beneficiar empresários.

“O Anderson foi e continua sendo aliado de Miguel e seguiu à risca todas as orientações. O prefeito foi afastado por supostas irregularidades, inclusive fraudes em licitações, apontadas pelo Ministério Público, mas nos cinco meses que ele esteve fora do mandato não se pode dizer que deixou de mandar no município. O vice foi usado para o prefeito cumprir alguns compromissos e se livrar de pessoas que passaram a ser indesejáveis no governo. Dizer que Miguel não sabia de nada é colaborar com essa farsa”, completou a fonte.

 

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