Reprovada a lei inconstitucional que permitia afastamento do prefeito sem comissão processante ou denúncia comprovada. Projeto de lei teria sido encomendado por empresários e um ex-prefeito
Com quatro votos contrários foi derrubado na noite de ontem no plenário da Câmara de Vereadores de Casimiro de Abreu, o que foi apontado como um dos maiores absurdos da história do legislativo local, um projeto de lei que autorizava os membros da Casa a afastarem o governante eleito pelo povo por um período de até 180 dias, mesmo sem uma comissão processante ou denúncia comprovada. O projeto, que já havia sido aprovado em primeira votação do dia 1º de abril – por oito votos a um – causou polêmica na cidade e levou várias lideranças a questionarem a postura do presidente da Câmara, Alessandro Macabu, o Pezão, por ele ter colocado a proposta em votação para atender interesses pessoais de um grupo comandado por empresários e pelo ex-prefeito Paulo Dames, que estariam querendo tomar o poder na marra. A derrubada aconteceu numa reunião marcada pela revolta do presidente e dos vereadores João Medeiros, Bruno Miranda, Rafael Jardim e Adair Abreu, o Kinha, possível candidato a vice-prefeito na chapa de Dames, se esse conseguir registrar candidatura na Justiça Eleitoral.
Para ser aprovado o projeto de lei dependia da concordância de dois terços dos membros da Câmara, o que não aconteceu, pois os vereadores Ademilsson Amaral, o Bitó, Luiz Ribeiro da Silva Junior, o Juninho e Odino Miranda votaram pela reprovação e o vereador Lázaro Mangifeste, que na primeira votação posicionou-se contra e apontou a inconstitucionalidade da matéria, manteve sua postura contraria ao que foi visto na cidade como tentativa de golpe.
Além de agradar ao ex-prefeito e a empresários, o projeto de lei seria ainda um instrumento de pressão contra o atual prefeito, pois, por conta de uma queda de 60% nos repasses dos royalties do petróleo, demitiu cerca de 600 ocupantes de cargos comissionados, entre eles muito indicados por vereadores. Além disso, serviria também para pressionar o prefeito Antonio Marcos Lemos a declarar apoio a uma candidatura de Pezão a prefeito em 2016.
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Jogo sujo não pode ter um final feliz.
Esse João Medeiros nunca mais vai ganhar nada. Pezão, candidato a prefeito? Vai levar aquilo que Luzia levou atras da horta.
Quem esse grupo pensa que é? Precisam aprender muito. Paulinho levou uma duas coças do Toim Marco (é assim que ele chama o prefeito) nas urnas e parece não ter aprendido com a sova.
Esse Bruno Miranda gosta muito é de usar o carro da Câmara para passear. Pegou a cadeira com a morte do titular e está se achando.