Contrato de R$ 5 milhões não garante água em Rio das Ostras

Carlos Augusto Balthazar também pagava caro pelo mesmo serviço classificado como ruim e que continua sendo apontado como precário e de custo elevado na gestão do prefeito Alcebíades Sabino dos Santos

Professores e pais de alunos reclamam que o abastecimento não está sendo feito com regularidade nas unidades de ensino e o mesmo estaria ocorrendo em postos médicos

“Serviços de locação e operacionalização de caminhão-tanque com capacidade de 15.000 litros para efetuar abastecimento de água potável em cisternas comunitárias e em próprios municipais”. Esse é o objeto do Contrato nº 195/2014, no valor total de R$ 5.265.064,45, firmado no dia 17 de outubro de 2014 pela Prefeitura de Rio das Ostras e a empresa Top Mak Multicomercial, através da Secretaria de Serviços Públicos, mas a finalidade não estaria sendo atingida, pois moradores de algumas comunidades continuam reclamando do abastecimento, bem como pessoas que por motivos profissionais e os que, de uma forma ou outra dependem dos tais “próprios municipais” – que são as escolas, hospital, postos de saúde e demais espaços usados pela administração municipal -, onde tem faltado água com freqüência.

Se o faturamento da empresa responsável pelo serviço é alto, o custo pesado para os contribuintes e o abastecimento é precário, a preferência da Prefeitura de Rio das Ostras pela Top Mak parece sólida, pois não vem da gestão do prefeito Alcebíades Sabino dos Santos. Essa relação comercial é antiga, bem como as reclamações da precariedade do fornecimento de água. No primeiro semestre de 2012, por exemplo (último ano da gestão do prefeito Carlos Augusto Balthazar), moradores que se servem da água depositada nas tais cisternas comunitárias, também reclamavam bastante do serviço, mas entre janeiro e maio daquele ano a Top Mak recebeu R$ 1.267.252,36 da Prefeitura para abastecer as cisternas e os tais próprios municipais. Antes disso, entre setembro e dezembro de 2011, a empresa havia recebido R$ 563.442,50 pela prestação do mesmo serviço.

De acordo com informações da Secretaria de Serviços Públicos o atual contrato foi para locação de 15 caminhões-pipas, o que dá um total de R$ 351.004,30 ao ano por cada caminhão, R$ 29.250,35 mensais por veículo, quando algumas prefeituras chegaram a locar caminhões-pipas com a mesma capacidade de abastecimento, motoristas e sem combustível, por até R$ 10,5 mil mensais cada um. Ainda segundo a secretaria, por causa da queda na receita seis caminhões foram cortados e nove estão em operação, o que reduziu o valor do contrato para R$ 3.159,038,70, mas ainda assim o custo continua alto.

 

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