Apadrinhados de Paulo Melo perdem ‘boquinha’ na Alerj

Paulo diz que todos trabalhavam, mas o MP está investigando

Denúncia encaminhada ao MP e ao TCE diz que 14 indicados pelo hoje secretário de Governo recebiam sem trabalhar

Dirigir um carro de som para o deputado estadual licenciado Paulo Melo (PMDB), pode ser um excelente emprego. Pelo menos poderia ter sido até semana passada, quando Alcides Gomes de Oliveira foi exonerado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. Ele e outras 13 pessoas indicadas por Melo estavam nomeadas em cargos de confiança na Alerj, uma delas no gabinete do suplente em exercício de mandato, Jorge de Moura Teodoro, o Dica, que assumiu a vaga deixada por Paulo, que saiu para exercer o cargo de secretário de Governo. Alcides, que segundo uma denúncia encaminhada ao Ministério Público, dirigia um carro de som em Saquarema, recebia salário de R$ 9.853,00.  De acordo com a denúncia, que será apurada em inquérito aberto pelo MP, todos recebiam salários sem exercerem funções na Casa.

Entre os nomes apontados na denúncia –  que também foi encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado – além de Alcides, teriam recebido salários sem atuar na Alerj, outro suposto motorista de Paulo Melo (Magno Cezar Mota), um ex-vereador de Saquarema (Mauricio Alves de Carvalho) e uma sobrinha do atual presidente da Câmara de Vereadores daquele município, Romacartt Azeredo de Souza (Lua Gabrielle Lima Azeredo, dona de uma loja na Rua Professor Souza, na localidade de Bacaxá). Para o secretário estadual de Governo “as indicações políticas são normais e todos trabalhavam”.

Entre os 14 apadrinhados o que tinha o menor salário era Mauricio Alves de Carvalho, que recebia R$ 2, 9 mil por mês, enquanto Lua ganhava R$ 6.489 e Magno recebia R$ 18.583. Todos os 14 foram demitidos no último dia 20, dias após a denúncia ter sido feita pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), que acusou os nomeados de serem fantasmas e de receberem salários sem exercerem função na Assembleia Legislativa.

 

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