O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MRPJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), prendeu, na manhã desta segunda-feira (06/06), o policial civil Fabrini Costa Alves em operação que também cumpre mandados de busca e apreensão em 11 endereços ligados a ele. O policial foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, agiotagem e fraude à licitação. Fabrini, de acordo com a denúncia, dissimulou a utilização de bens e valores provenientes das infrações penais, adquiriu, recebeu, negociou e transferiu a propriedade de bens em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste fluminense.
Durante as investigações, diligências preliminares realizadas pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ) revelaram que o denunciado era sócio de inúmeras empresas, possuía veículos luxuosos e residia em uma casa de alto padrão localizada no Centro de Bom Jesus do Itabapoana. Desta forma, Fabrini esquematizou uma série de ilicitudes ao longo de dez anos, todas voltadas ao incremento de seu patrimônio, incompatível com seus ganhos lícitos advindos de sua atividade de policial civil. Fabrini ainda manipulou parentes e pessoas próximas e se valeu de negociatas escusas. A maioria das empresas do policial civil e de seus parentes era considerada de fachada.
Conversas travadas por ocasião da interceptação telefônica autorizada pela Justiça revelaram outras ilicitudes. Pelos áudios fica clara a aproximação do denunciado com políticos da região. Verificou-se ainda que Fabrini era graduando em Medicina na Universidade Nova Iguaçu (UNIG), mas foi verificada aparente incompatibilidade geográfica e temporal entre a graduação de Medicina, de turno integral, e o desempenho da atividade de policial civil. No ano de 2016, quando o denunciado iniciou a faculdade, em Itaperuna, esteve lotado em Italva, Campos dos Goytacazes e Bom Jesus do Itabapoana, municípios distantes da sede da UNIG.
(Com a Assessoria de Comunicação MPRJ)