Contratada muda de nome e ganha mais um ano para continuar operando no município
Com cerca de 45 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE, o município de Mangaratiba está gastando muito mais com o serviço de coleta de lixo que cidades com universo populacional maior e vai continuar assim por pelo menos mais um ano. É que o prefeito Rui Quintanilha – que deixará o cargo no dia 31 de dezembro – decidiu prorrogar o contrato da empresa Própria Ambiental, que desde julho deste ano passou a operar com outro nome, Rio Zin Ambiental Serviços. A prorrogação se deu por termo aditivo, o quinto do contrato 040, que já gerou pagamentos no total de cerca de R$ 80 milhões a empresa. Apesar dos altos gastos com a coleta de lixo, na opinião de moradores de vários bairros, o município não conta com um bom serviço, mas este detalhe não foi levado em conta pelo prefeito na hora de renovar o contrato.
A Própria já prestava o serviço quando o atual prefeito assumiu a gestão do município. Rui era vice do prefeito Evandro Capixaba, que foi afastado pela Justiça e condenado a mais de 50 anos de prisão. Rui assumiu em abril de 2015 e um dos seus primeiros atos foi assinar o quarto termo aditivo ao contrato 040. Antes a empresa recebia cerca de R$ 750 mil por mês com o nome de Própria Comércio e Serviços e passou a receber R$ 1.766.429,02 mensais como Própria Ambiental.
De acordo dados do sistema de registros de pagamentos da Prefeitura, este ano já foram pagos a empresa mais de R$ 20 milhões pelo serviço de coleta de lixo, R$ 10.226.773,42 a razão social Própria Ambiental e R$ 10.550.842,53 a Rio Zim. Em 2015 a coleta de lixo custou R$ 19.430.819,24 aos cofres de Mangaratiba, R$ 20.885.847,12 em 2014 e R$ 17.948.385,67 no ano anterior.
A Própria é apontada como sucessora da Locanty, controlada pelo empresário João Alberto Felippo Barreto o Joãozinho da Locanty.
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