Silva Jardim tem gestão marcada por escândalos

Governo já teve vários secretários afastados e procurador preso

Há 45 dias no cargo em seu segundo mandato consecutivo, o prefeito de Silva Jardim, Anderson Alexandre (foto), ainda não se pronunciou sobre a prisão do procurador geral adjunto Emerson Leite da Silva, ocorrida na última quinta-feira (9). Emerson teve a prisão decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público, que investiga um esquema de fraude no pagamento de precatórios judiciais, processos em que o Poder Judiciário determina a quitação de indenizações devidas pelo poder público em ações transitadas em julgado. Este é apenas mais um escândalo na gestão de Anderson, que também é réu em vários processos, alguns deles por fraude em licitações. Alexandre já teve vários colaboradores (secretários, subsecretários e assessores) afastados por decisão da Justiça e ele próprio teve um pedido semelhante ajuizado pelo MP.

De acordo com o promotor Marcelo Arcênio, no caso envolvendo o procurador – que também resultou na prisão de um servidor do Tribunal de Justiça que atuou em Silva Jardim – a fraude ocorreria quando a Prefeitura era citada para pagar uma condenação e o valor acabava sendo recolhido em duplicidade. Durante as investigações foram descobertos três depósitos em uma conta no valor total de R$ 28,7 mil. O primeiro escândalo da gestão de Anderson Alexandre foi verificado em 2013, quando uma ação popular foi impetrada pelo vereador Robson Azeredo, que passou a questionar todos os processos licitatórios, um deles o da contratação, por parte da Secretaria Municipal de Turismo, dos festejos do carnaval daquele ano. Desde então várias operações foram feitas na Prefeitura e vários membros do governo foram afastados.

Em 2015 o Ministério Público pediu na Justiça o afastamento do prefeito em processo no qual Anderson Alexandre é acusado de fraudar uma licitação de R$ 20 milhões. Na ação o prefeito é acusado de improbidade administrativa por supostamente ter organizado um pregão de “cartas marcadas”, para beneficiar a empresa General Contractor, fornecedora de mão de obra para o município. Nesse caso a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva (Núcleo de Araruama) apontou que as empresas concorrentes do pregão eram de fachada”, tendo como donos os mesmos sócios, ou parentes, mesmo email, endereços e telefones registrados na Receita Federal.

 

Matérias relacionadas:

Prefeito deixa faltar remédios em Silva Jardim

Caixa-preta esconde as contas de Silva Jardim

Quem fornece as notas, prefeito?

Prefeito de Silva Jardim precisa explicar origem de remédios

Devassa nas compras de remédio preocupa em Silva Jardim

Uma gestão de promessas e desperdício

Apesar de gastar milhões com peças Silva Jardim tem frota sucateada

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.