● Elizeu Pires
Enquanto algumas empresas fornecedoras e prestadoras de serviços penam para receber suas faturas junto à administração municipal de Nova Iguaçu, ao que parece, as organizações sociais Instituto de Desenvolvimento e Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) e Instituto de Medicina e Projeto (IMP) – contratadas sem licitação pela Secretaria de Saúde para gerirem, respectivamente, o Hospital da Posse, a Maternidade Mariana Bulhões e três UPAs – não deverão passar por esse perrengue, muito pelo contrário.
Pelo menos é que sugere o fato de já terem sido pagas antes mesmo de seus contratos terem completados um mês de validade. As OS Ideas e IMP estão operando há pouco mais de 20 dias, mas o dinheiro caiu na conta da primeira 11 dias após assinatura do contrato, e a segunda recebeu 14 dias após firmar o compromisso de administrar três UPAs.
O Ideas, por exemplo, recebeu em 21 de março a soma de R$ 20.781.332,98, sendo R$ 16.092.075,49 pela gestão do Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, e R$ 4.689.257,40 pela administração da Maternidade Mariana Bulhões, pagamentos feitos 11 dias após a assinatura do primeiro contrato, o de número 016, com valor global de R$ 37,9 milhões por seis meses de gestão.
Já o IMP recebeu seus pagamentos no dia 27 de março, uma soma de R$ 3.077.491,32. Foram R$ 1.121.540,17 pela gestão da UPA Comendador Soares; R$ 989.972,68 pela UPA Gisele Palhares, e R$ 965.978,27 referente à administração da UPA Moacyr de Carvalho.
As duas instituições ditas “sem fins lucrativos” foram contratadas sob alegação de emergência por um prazo de seis, e seus contratos estão sob investigação da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Região Metropolitana I.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Nova Iguaçu
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