Medo de uma possível delação causa insônia na Baixada

Empresário conhecido como ‘fantasma’ teria interesses na região

Depois da delação premiada do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes – que afetou empresas de coleta de lixo e fornecimento de alimentação para escolas da rede pública que tem contratos milionários na Baixada Fluminense – uma possível colaboração premiada do empresário Fernando Trabach (foto), o ‘fantasma’, George Augusto Pereira da Silva, ‘dono’ da GAP Comércio e Serviços e outras sociedades empresariais, está deixando muita gente ‘doente’ no estado, inclusive na região, onde ele teria interesses em pelo menos uma cidade, com vistas à terceirização de serviços e fornecimento de mão de obra. 

Hoje o medo de o ‘passarinho’ cantar na ‘gaiola’ onde foi colocado pela Justiça – a pedido do Ministério Público – é grande e a preocupação bateu mais forte em algumas portas na última sexta-feira, quando um ‘grampo telefônico’ divulgado pela Rede Globo de Televisão em um de seus noticiários mostrou um homem desesperado ao ponto de ameaçar um juiz trabalhista que estaria decidindo contra ele em algumas ações. O que mais estaria perturbando o sono seria a informação que ecoa pelos corredores de uma Prefeitura da região, de que o ‘fantasma’ teria estado na Baixada em março, às vésperas de uma licitação milionária para o fornecimento de remédios e supostamente se encontrado com empresários do setor. Em nenhum momento este fato foi citado por qualquer autoridade, mas a apreensão seria grande, assim como o medo de Fernando decidir falar abertamente sobre seus envolvimentos, já que é apontado como responsável por um esquema montado com 21 empresas para para disputar licitações em várias cidades do estado.

De acordo com o que já foi apurado pelo Ministério Público, só no município de Campos  Trabach conseguiu contratos no total de mais de R$ 40 milhões, todos na gestão da ex-prefeita Rosinha Garotinho. Fernando e a esposa dele, Mônica Lima Barbosa, foram presos no último dia 8  dentro de um avião, no qual viajariam para Manaus, supostamente para fugirem do país a partir do estado do Amazonas. Também foram  detidos dois advogados ligados ao empresário e ao todo o MP denunciou 11 pessoas pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

No ‘grampo’ revelado RJTV o empresário chama um juiz trabalhista de corrupto sugere pagar propina a ele. A conversa com uma advogada foi gravada com autorização da Justiça e nela Fernando diz que se sente ‘chantageado’ e como um ‘refém’.

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