Os que carregam a Nuclep nas costas querem saber quem realmente manda na estatal, que permanece como uma ilha bolsonarista seis meses depois da posse do presidente Lula

● Elizeu Pires

No papel a Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), “é uma empresa estatal brasileira, vinculada ao Ministério de Minas e Energia”, é de economia mista e tem o governo federal como maior acionista, mas na prática, pelo que se tem visto por lá desde 2017, seria outra coisa: um abrigo de bolsonaristas que ocupam cargos da presidência às gerencias, e ao que parece, não deverá deixar de sê-lo tão cedo, a não ser que o presidente da estatal não se reconduzido a um novo mandato.

Pelo menos é desta forma que funcionários de diversos setores – gente que carrega a empresa nas costas, cuidando de projetos importantes como o de submarinos, por exemplo -, continuam vendo a coisa seis meses depois da posse do presidente Lula, pois tudo permanece como antes por lá, o que foi confirmado ontem (29), segundo revela uma fonte ligada à empresa.

Para esta semana, corria nos corredores da empresa, estava sendo esperada uma série de mudanças em determinadas funções, e até que realmente aconteceram algumas alterações, mas com a substituição de um bolsonarista por outro em gerencias que precisam mais de quem realmente entende do riscado do que de apadrinhado político.

O núcleo de comando da estatal é formado pelos contra-almirantes Carlos Henrique Silva Seixas (presidente, Oscar Moreira da Silva Filho (diretor administrativo) e pelo engenheiro mecânico Nicola Mirto Neto (diretor comercial), que teve passagem pela Bardella Indústrias Mecânicas, empresa paulista que com dívida de cerca de R$ 400 milhões ajuizou pedido de recuperação na 9ª Vara Cível de Guarulhos, em julho de 2019.

*O espaço está aberto para manifestação da Nuclebrás Equipamentos Pesados

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