CRT demite para pagar salário menor

Demissões começaram em junho do ano passado

 

Responsável pela administração da Rodovia Santos Dumont – trecho da BR-116 que vai de Saracuruna (Duque de Caxias) a Além Paraíba (Minas Gerais) –, a Concessionária Rio Teresópolis (CRT) tem carregado nas demissões de funcionários. As dispensas começaram em junho de 2018 e cerca de 100 trabalhadores já perderam o emprego. Embora a empresa ainda não tenha se pronunciado sobre o assunto, a informação dos demitidos é de que se trata de uma operação de contenção de gastos com pessoal, substituindo funcionários com entre 10 e 20 de casa, para então poder pagar salários menores, apesar do rendoso negócio, uma concessão que transformou o município de Magé numa ilha cercada de postos de cobrança de pedágio…

“Fui demitida em junho de 2018, depois de 14 anos de serviços prestados. Recebi tudo direitinho, mas foi um baque, pois perdi um bom emprego. Muitos falam que a empresa estaria preparando sua saída de Magé, mas não é isso que a gente percebe. Estão é substituindo a mão de obra antiga por gente nova, pagando salários menores”, conta uma ex-funcionária.

Contrato perto do fim – A CRT tem como principal acionista a Construtora OAS, que venceu uma concorrência feita pelo governo federal em 1995. A concessionária é gerida por um consórcio de empresas integrado ainda pela Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, Queiroz Galvão S/A e EIT-Empresa Industrial Técnica, formado em março de 1996, quando começou a operar no trecho.

O contrato de 25 anos termina em março de 2021 e no próximo ano a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai fazer uma nova licitação, o que não significa que a CRT esteja com os dias contados em Magé, pois a concessionária tem direito de participar da nova concorrência e não há até agora nenhum projeto para a retirada das praças de pedágio do município, remanejando-as para outros pontos, sendo estudado pela ANTT.

 

 

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