Empresa foi contratada sem licitação três vezes este ano pelo total de R$ 22,7 milhões para fazer o transporte dos resíduos
● Elizeu Pires
Responsável pelo transporte do lixo coletado em Petrópolis até ao aterro sanitário de Três Rios, a AMI3 Soluções Ambientais não vem dando conta do recado, segundo reclamam por lá, mas até semana passada a culpa pelo excesso de resíduos nas ruas vinha caindo na conta da empresa responsável pelo ponto de descarte final, como se essa tivesse alguma coisa a ver com o transporte.
Estava, pois agora a AMI3 foi levada para o olho do furacão, ou seja, para a ação ajuizada pelo Ministério Público, na qual o juizo da 4ª Vara Cível deu prazo de 72 horas para a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) e a operagora da central de resíduos resolvessem o problema.
O que faltou dizer até agora, é que a encarregada do transporte do lixo firmou três contratos para o mesmo objeto (“locação emergencial de caminhões e equipamentos a serem utilizados na coleta dos resíduos sólidos urbanos gerados no âmbito do município de Petrópolis”) em 2024, todos sem licitação, cujos valores globais somados chegam a R$ 22,7 milhões.
Faturando por hora trabalhada e não por tonelada transportada, a AMI3 teve o primeiro contrato do ano assinado no dia 12 de janeiro. O documento recebeu o número 003, com valor global de RS 7.576.958,40, para seis meses de locação.
O segundo contrato, o de número 037, foi assinado para 30 dias, pelo total de RS 1.262.826,40. Em agosto veio o contrato 043, com validade de 150 dias e valor global de R$ 13.930.464.00, o que representa um aumento de R$ 6,3 milhões em relação ao contrato 003.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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