
Ao que parece, se depender da maioria dos vereadores de Paraíba do Sul, cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, o prefeito Alessandro Cronge Bouzada (foto), não terá nenhum problema. Poderá continuar com a falta de transparência em sua gestão, não realizar audiências públicas para avaliar o cumprimento das metas fiscais, cometer impropriedades nas contas e gastar com pessoal mais que os 54% estipulados pela Lei de Responsabilidade, que os nobres representantes do povo e fiscais das ações do Poder Executivo estarão lá para socorrê-lo. Foi assim com as contas do exercício de 2017 e poderá não ser diferente com as de 2018, igualmente reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado na semana passada.
É o que sugerem a tranquilidade do prefeito em relação ao comportamento dos vereadores em relação ao governo, e o fato de a Câmara – com voto da maioria – ter aprovado a prestação de contas de 2017, descartando o parecer contrário do TCE. Segundo o Tribunal de Contas, naquele ano foram abertos créditos adicionais com base em excesso de arrecadação sem fonte de recurso especificada, e o governo deixou de fazer audiências públicas para apresentar o cumprimento das metas fiscais, como determina a legislação.
Na semana passada, ao julgar em plenário as contas do exercício de 2018, o colegiado do TCE emitiu parecer pela reprovação, pois os técnicos da Corte de Contas encontraram uma irregularidade grave, o gasto de 57,21% da receita corrente líquida com pessoal, ultrapassando o limite de 54% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, além de 18 impropriedades.
Os espaço está aberto para manifestação da Prefeitura e da Câmara Municipal de Paraíba do Sul.
Matérias relacionadas:
Prefeito de Paraíba do Sul tem contra reprovada pelo TCE
‘Caixa-preta’ guarda as contas públicas de Paraíba do Sul
Prefeito Paraíba do Sul é multado por dificultar defesa do antecessor