Governador do Rio diz que PF engaveta inquéritos de interesse de Bolsonsaro e acelera investigações contra adversários do presidente

Wilson Witzel acusa o presidente Jair Bolsonaro de usar a Polícia Federal para fazer perseguição política

Prometendo não baixar a cabeça e lutar “contra contra esse fascismo que está se instalando no país, contra essa ditadura de perseguição”, o governador do Rio acusou a Polícia Federal de trabalhar pelos interesses do presidente da República. Em pronunciamento ontem (26), depois de ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal que apreendeu o aparelho de telefone celular e o computar usado por ele, Wilson Witzel classificou a atuação da PF como um ato de perseguição política de Jair Bolsonaro.

Se declarando inocentes em relação às irregularidades que estão sendo apontadas nas contratações emergenciais feitas para o enfrentamento do coronavírus no estado, o governador chamou o presidente de fascista e afirmou que o senador Flávio Bolsonaro deveria estar preso. “Não abaixarei minha cabeça, não desistirei do estado do Rio e continuarei trabalhando para uma democracia melhor, continuarei lutando contra esse fascismo que está se instalando no país, contra essa ditadura de perseguição. Não permitirei que esse presidente que ajudei a eleger se torne mais um ditador na América Latina”, afirmou

O governador disse ainda que a Polícia Federal  engaveta inquéritos contrários ao presidente e age com celeridade em casos que investigam adversários políticos dele. “O senador Flávio, com todas as provas que já temos contra ele – dinheiro em espécie depositado em conta corrente, lavagem de dinheiro, bens injustificáveis -, já deveria estar preso. A PF deveria fazer o seu trabalho com a mesma celeridade que faz aqui no Rio porque o presidente acredita que estou perseguindo a família dele. E ele só tem essa alternativa de me perseguir politicamente”, completou Witzel dizendo ainda que o que aconteceu com ele vai acontecer com outros governadores considerados inimigos do presidente.

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