Ausência de Cozzolino em debate teria sido por falta de proposta

Marcelle fala do controle da mãe sobre o filho candidato e sobre os escândalos e as denúncias sustentadas pelo MP que levaram o sobrenome Cozzolino para o noticiário policial

Prima de candidato a prefeito de Magé volta a falar em controle e manipulação

Ao faltar ao debate realizado na última quarta-feira pela seção Magé da Ordem dos Advogados do Brasil, mais que frustrar os que pretendiam ouvir suas propostas, o candidato do PR a prefeito da cidade, Renato Cozzolino Harb mostrou, no entender de pessoa da própria família, manipulação sobre ele exercida, segundo a advogada Marcelle Cozzolino, pela mãe dele, a ex-deputada estadual Jane Cozzolino, que em 2008 foi cassada pela Alerj sob acusação de envolvimento no esquema de desvio de recursos do programa que garantia auxílio educação para filhos de assessores. Para Marcelle, que divulgou ontem nas redes sociais um vídeo no qual aponta escândalos envolvendo a mãe e um tio do candidato, Renato não foi ao debate por não ter propostas e porque estaria sendo manipulado pela mãe. Até o final do dia de ontem Renato não havia se pronunciado sobre o assunto.

Na gravação, citando inquérito do Ministério Público sobre denúncia de fraude numa licitação realizada em 2009 para locação de máquinas e caminhões, no valor de cerca de R$ 22 milhões, a advogada afirmou que o Posto de Gasolina Fragoso, registrado antes em nome da mãe e da avó do candidato, teria sido passado para nome de Renato, para evitar que – por conta de a mãe ser ré no processo da Operação Terra Prometida, realizada em janeiro pelo MP, na qual ela e o irmão Anderson Cozzolino tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça – o bloqueio do bem. A Operação Terra Prometida foi realizada no dia 22 de janeiro deste ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, com o intuído de cumprir vários mandados de prisão e busca. Ao todo 13 réus figuram no processo proposto pelo MP, acusados de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa, coação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo a denúncia do MP mencionada na gravação por Marcelle, teria ocorrido fraude em procedimento licitatório vencido pela empresa FFM Terra Locadora de Veículos e Máquinas. Ainda de acordo com a denúncia, na licitação a FFM Terra teve como “concorrente” uma empresa supostamente de fachada, a Ambiental do Futuro Soluções e Serviços de Limpeza e Locações, registrada em nomes de empregados dos postos de gasolina de Jane e seu irmão, Renato Alem Cozzolino.

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