Belford Roxo poderá ter nova eleição

MP impetra ação para cassar diploma do prefeito e do vice eleitos

Os deputados estaduais Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho e Marcio Canella (foto), prefeito e vice-prefeito eleitos em outubro no município de Belford Roxo, correm o risco de não esquentar as cadeiras por muito tempo. É que o Ministério Público ajuizou mais uma ação contra a dupla, por crime eleitoral. Desta vez a 152ª Promotoria Eleitoral acusa os dois de cometer irregularidades na arrecadação e nos gastos da campanha eleitoral, fazendo “vultosos gastos com propaganda antes de abrir uma conta bancária para essa finalidade. O MP cita na ação que no dia 3 de agosto fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio apreendeu “luxuoso material de propaganda dos candidatos”, sendo que a conta de campanha só foi aberta nove dias depois. Se condenados prefeito e vice perdem o mandato e uma nova eleição será realizada sem a presença deles.

Segundo o MP, “os réus descumpriram normas da legislação eleitoral. Uma delas é que a movimentação financeira da campanha deve ser feita por conta bancária aberta para esse fim”. Ainda de acordo com o MP,  “observa-se que a realização dessas despesas antes da abertura da conta ‘extrapolam o universo contábil e possuem relevância jurídica para comprometer a moralidade das eleições’, atraindo a sanção prevista no artigo 30-A  da lei das Eleições, ou seja, a cassação dos respectivos diplomas”.

Dias antes da realização do segundo turno Waguinho e Canella, com mais sete pessoas, foram denunciados por abuso de poder econômico e político, em processo reúne mais de mil documentos como provas, fruto de um trabalho de cinco meses de investigação feita pela 152ª Promotoria Eleitoral. Segundo foi apurado neste caso, o município recebeu este ano várias obras de asfaltamento e em propagandas eleitorais a dupla que as ações eram resultado de suas indicações como deputados e estavam sendo feitas pelo governo estadual. Só que as investigações apontaram que os serviços foram executados pelas empresas Gr Bel Construtora, Nova Aurora SPE Empreendimentos Imobiliários e JLS Terraplanagens, que não tem vínculo contratual com o governo fluminense.

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