● Elizeu Pires
Uma semana após divulgar um vídeo mostrando uma ação de fiscalização relacionada à compra de carne feita pela Secretaria de Saúde de Itatiaia em empresa registrada como fábrica de móveis, mostrando que estaria tudo certo, o vereador João Marcio Albino recuou. Em pronunciamento feito na sessão de terça-feira (26) ele apontou irregularidades no fornecimento e prometeu solicitar o cancelamento do contrato feito com a R de Carvalho Lima Fabricação e Comércio de Móveis, que está registrada em nome de Rafael de Carvalho Lima, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Porto Real e agora vice-prefeito daquela cidade do Sul do estado do Rio de Janeiro.
Em fala anterior divulgada em suas redes sociais, João disse que esteve fiscalizando em companhia dos também vereadores Joel de Melo e Thiago Rodrigues. O pronunciamento foi feito em vídeo divulgado no final da tarde do dia 20 de setembro, mesma data da publicação da matéria Registrada como fábrica de móveis, empresa do vice-prefeito de Porto Real vende carne para o hospital de Itatiaia. Na gravação ele afirmou que checou toda a documentação e que constatou que uma parte do produto havia sido entregue. Nesse vídeo, conforme pode ser conferido aqui, João Marcio não mencionou nenhuma irregularidade e arrematou, destacando que não havia nada de errado com o certame e que a empresa, inclusive, havia apresentado atestado de capacidade técnica.
Novo discurso – Seis dias depois da primeira fala o vereador João Marcio voltou ao assunto, e o fez na Câmara, 24 horas após a veiculação da matéria MP será acionado para apurar procedência de carne fornecida a hospital de Itatiaia por “fábrica de móveis” do vice-prefeito de Porto Real, na qual fora relatado que a carne comprada da “fabrica de móveis” pela Secretaria de Saúde, tinha sido adquirida de um mercadinho de Porto Real que, inclusive, fez a entrega diretamente ao hospital municipal.
Na Câmara João Marcio disse que esteve no hospital e constatou que o carré suíno fornecido não estava de acordo com as exigências do contrato, tais como embalagem a vácuo, embalagem plástica original etiquetada com identificação do fornecedor, contendo informações como data de validade e nome fabricante.
Ele destacou que o produto foi entregue sem nota fiscal da empresa contratada, com apenas um cupom emitido pelo mercadinho que fez a entrega, contrariando o que ele havia dito no vídeo divulgado em suas redes sociais no dia 20, através da qual destacou que não haveria nada errado com o certame que resultou no contrato que agora ele quer que seja anulado.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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