Pesquisa de empresa desconhecida é questionada em Caxias

Advogados da campanha de Zito cobram esclarecimentos

● Elizeu Pires

O renomado Quaest, instituto especializado em pesquisa de opinião e intensão de votos, contratado pelos maiores veículos de comunicação do país, fez dois levantamentos em Duque de Caxias (registros RJ-03281/2024 e RJ-09839/2024), ambos encomendados e pagos pela Rádio Tupi.

Nas duas pesquisas o candidato do PV, José Camilo dos Santos, o Zito (foto), apareceu liderando a disputa pela Prefeitura. Na primeira Zito surgiu com 17 pontos percentuais sobre o segundo colocado, Netinho Reis, e na segunda com 12% na dianteira. Agora surgiu uma empresa chamada Costa e Mariath Intelligence, mostrando números totalmente diferentes, o que levantou suspeitas por parte dos advogados da campanha de Zito, que estão cobrando maiores esclarecimentos, por duvidarem do resultado apresentado, segundo revelou a advogada Vânia Aieta.

Impugnação –  A empresa, que agora consta como sediada em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo, operava com outro nome no município de Silva Jardim, onde um de seus donos chegou a exercer cargo público e foi investigado pelo MP. Em setembro de 2016, por exemplo, o juízo da 63ª Zona Eleitoral impugnou o registro e a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos, acatando representação da coligação Reconstruindo Silva Jardim, que tinha como candidato a prefeito naquele ano Marcelo Cabreira Xavier.

O pedido de impugnação foi feito por vários motivos, um deles o fato, segundo foi levado à Justiça à época, de a pesquisa ter sido feita pela empresa RM Mariath Serviços de Propaganda e Marketing, de propriedade do ex-subsecretário de Comunicação Ricardo Machado Mariath, mas teve o resultado publicado como se a consulta tivesse sido realizada pela Virtu Consultoria.

Na época a substituição do nome foi vista pelos adversários do então prefeito Anderson Alexandre, como uma manobra para não ligar Mariath a sua realização, pois Ricardo havia sido denunciado pelo Ministério Público por suposta fraude em licitação, o que ocorreu exatamente na gestão de Anderson.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

Matérias relacionadas:

Pesquisa esquisita em Silva Jardim

Justiça anula pesquisa esquisita em Silva Jardim

Comentários:

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.