● Elizeu Pires

“Gratidão com ex-prefeita”. É assim que está sendo vista em Quissamã, no Norte Fluminense, as nomeações de parentes da ex-gestora do município, Fátima Pacheco (União Brasil), para cargos comissionados na administração municipal, agora comandada pelo ex-vice-prefeito Marcelo Batista (PP). Um dos nomeados é o filho dela, Lucas Pacheco Carneiro, que assumiu o comando da recém-criada Secretaria de Direitos Humanos, cuja estrutura poderá custar ao contribuinte cerca de R$ 1 milhão por ano só com salários.
A nomeação de Lucas e de outros parentes da antecessora de Marcelo Batista será alvo de representação ao Ministério Público do Rio (MPRJ) por parte do deputado Felippe Poubel (PL), municiado com informações levantadas pela vereadora Alexandra Moreira, também do PL.
Pelo que foi apurado pela vereadora, o prefeito Marcelo Batista, além da Secretaria entregue a Lucas, criou 108 novos cargos, elevando os gastos do município mais de R$ 43 milhões por ano como ocupantes de cargos comissionados existentes nas 23 secretarias que compõem a estrutura administrativa da pequena cidade de Quissamã, que tem um universo populacional estimado em cerca de 25 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É inaceitável ver essa farra com dinheiro público em benefício de pessoas que não possuem qualificação para o cargo. Iremos ao MP para frear esse absurdo. É desrespeitoso com servidores qualificados que trabalham, mas acumulam uma perda salarial superior a 55% nos últimos anos”, disse Felippe Poubel em matéria do jornalista Vitor d´Ávila, veiculada ontem (3) pelo site TemporealRJ.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria