Silva Jardim demite em massa, mas mantém investigados pelo MP…

…e até um secretário condenado pela Justiça

Centenas de ocupantes de cargos comissionados nos segundo, terceiro, quarto e quinto escalões da Prefeitura de Silva Jardim foram exonerados pelo prefeito Anderson Alexandre (PRB), no que ele mesmo nominou de “grande reforma político-administrativa”, para o “aperfeiçoamento da administração pública” no município. Entretanto, ele promoveu um investigado pelo Ministério Público por denúncias de fraude em licitação: Anderson elevou ao cargo de secretário de Administração o então subsecretário Glauco Moraes de Azevedo, em substituição a Sheila Moreth Trugilho, investigada no mesmo inquérito, junto com o ex-subsecretário de Comunicação, Ricardo Mariath. O prefeito também não mexeu com Antonio Carlos Lacerda, secretário de Planejamento, que tem uma condenação judicial e foi denunciado por num escândalo sem precedentes na história do município.

Duas vezes prefeito, Lacerda governou a cidade de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992 e depois, de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000. Foi na segunda gestão dele que fora denunciado um esquema de empréstimo a terceiros na tesouraria do município, envolvendo o então tesoureiro da Prefeitura, Eris Peixoto, ao qual foi atribuída a existência de uma lista com nomes de empresários e políticos locais, que pegavam dinheiro e deixavam cheques ou notas promissórias como garantia, mas como ninguém teria pago pelos empréstimos, teria restado aos cofres da municipalidade um rombo de R$ 696 mil.

Além de manter investigados e condenado, o prefeito Anderson Alexandre também não tomou nenhuma iniciativa quanto aos funcionários terceirizados recrutados para preencher cargos de natureza permanente, de atividade fim, contratados através de uma empresa especializada em construção civil e fabricação de produtos pré-moldados em cimento, a General Contractor Construtora Eireli Ltda., que tem o mesmo endereço de localização e o mesmo número de registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), da empresa HighEng Construtora Ltda.

Visto como “nebuloso”, o contrato varia de valor mês a mês, pois foi feito com base em registro de preços, tendo custado cerca de R$ 750 em março, cerca de R$ 1 milhão em abril, podendo passar disso este mês. Esse contrato já é objeto de processo judicial, a ação 0002208-18.2013.8.19.0059, movida pela Cooperativa de Profissionais de Serviços Gerais (Coopsege), que pede a sua anulação, pois a empresa não estaria apta a prestar o serviço para o qual foi contratada, pois não tem em seu contrato social, o objeto especifico de fornecimento de mão de obra.

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