Sob investigação do Ministério Público, transferência suspeita de linhas de ônibus é alvo de ação judicial em Petrópolis

● Elizeu Pires

A Cidade das Hortênsias começou a operar parte das linhas da Viação Cascatinha em julho de 2022, através de um contrato que está sendo investigado pelo Ministério Público – Foto: Onibusbrasil/Samuel Fernandes

Além das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a transferência, sem licitação, de oito linhas de ônibus por parte da Prefeitura de Petrópolis, está sendo objeto de uma ação judicial, na qual a Viação Cascatinha tenta recuperar os trajetos entregues para a empresa Cidade das Hortências, nome fantasia da Transporte São Luiz.

No dia 2 de julho de 2022, a partir de um contrato emergencial, os ônibus da Cidade das Hortênsias começaram a operar nas linhas 503 (Cidade Nova), 504 (Carangola-Divino), 505 (Vila Manzini),  506 (Vicenzo Rivetti), 519 (Vale do Carangola), 526 (Modesto Guimarães), 529 (Débora Couto – Sucupira) e 598 (Sertão-Rivetti, que mudou de nome para Vale do Carangola – Vicenzo Rivert).

Para justificar o contrato sem licitação a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTRANS) – alvo de investigação deste agosto do ano passado – alegou que os ônibus da Viação Cascatinha quebravam com frequência e deixavam os usuários das linhas operadas pela empresa. No âmbito da investigação, o MP, com apoio de agentes da Polícia Civil, fez uma operação na cidade, ações de com busca e apreensão na casa do prefeito Rubens Bomtempo (PSB), a Prefeitura e endereços ligados a três empresários.

Apesar do interesse público alegado pela administração municipal para trocar de operadora, usuários das linhas transferidas tem reclamado de que se houve melhora nos serviços, “são tão pequenas que não dá para percebê-las”.

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