● Elizeu Pires

Já denunciado à Justiça por fraude nos pagamentos feitos a uma clínica de fisioterapia conveniada, o ex-secretário de Saúde de Itaocara, pequeno município do interior do estado do Rio de Janeiro, Genaldo Dantas Neto, está mais enrolado que carretel de linha.

Afastado do cargo desde abril por decisão judicial, ele vai responder também pela compra “irregular e superfaturada” de 10 mil kits de testes de covid-19, feita em 2022, quando esse tipo de exame já era considerado desnecessário. A compra foi feita junto à empresa Navi Enterprise, que foi aberta em 2021 no município de Resende , no Sul Fluminense, já consta como baixada no sistema da Receita Federal.

O MP denunciou sete pessoas nesse caso e ontem (2), cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um dos investigados. Pelo que foi apurado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), que denunciou sete pessoas, os investigados  “estruturaram procedimento simulado para a aquisição dos materiais, que à época não eram sequer necessários”. Pelo que está na apuração, “o crime foi viabilizado pelo então secretário Municipal de Saúde, Genaldo Dantas Neto, em conjunto com Adriana de Carvalho Sabino e Carlos Eduardo dos Reis e Souza”.

Segundo a Promotoria, Genaldo “recebeu propina para viabilizar o trato, enquanto os particulares Kaly Luz Neves, Tiago Rodrigues Monteiro, Renan Alves Ferreira e Vander Louzada de Araújo foram os responsáveis pela apresentação das propostas previamente combinadas em nome das empresas que participaram do certame”.

Ainda segundo o Ministério Público, o então secretário “optou pela contratação por sua própria conta e risco, já que não houve demanda por parte dos setores técnicos responsáveis dentro da área de Saúde do município”.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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