Segundo investigações deputado recebia mesada da Fetranspor
Apontado como o “mais fraco” do dos três deputados presos na Operação Cadeia Velha, o ex-líder do governador Luiz Fernando Pezão na Assembleia Legislativa, Edson Albertassi (foto), poderá contribuir para aumentar ainda mais o leque de investigação do Ministério Público Federal sobre o esquema de corrupção que teria sido montado na Casa para defender os interesses das empresas de ônibus em troca de pagamento de propina. Na semana passada, antes do início do recesso de fim de ano, o que se comentava nos gabinetes da Alerj é que o parlamentar estaria se preparando para fazer uma delação premiada, na qual falaria, inclusive, sobre a aprovação de emendas encomendadas em um projeto de lei sobre incentivos fiscais.
Na última quinta-feira, por exemplo, vários parlamentares criticaram a postura de Albertassi em manter no seu computador pessoal aprendido pela Polícia Federal uma planilha com nomes de pessoas nomeadas em cargos no governo estadual, a maioria em postos do Detran. “Muitos nomes da lista atribuídos como indicação de terceiros foram nomeados a pedido dele próprio. Isso a divulgação da planilha causou grande mal estar, pois tem nomeações atribuídas até mesmo a nomes do bloco de oposição, o que não corresponde à realidade. Por que o governo vai nomear um indicado por um opositor?”, questiona um deputado situacionista.
Pelo que foi apurado até agora pelo MPF, o deputado Edson Albertassi – que integrava várias comissões permanentes na Assembleia Legislativa – tinha grande utilidade para as empresas de ônibus. Sua tarefa na Casa, segundo o Ministério Público Federal, seria defender os interesses do setor e por essa atuação recebia R$ 60 mil por mês da Fetranspor, repasses que eram feitos através do empresário Marcelo Traça, que fez delação premiada e entregou parte do esquema.
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