Vice pode ser opção de Charlinho para se manter no poder em Itaguaí

Atual prefeito da cidade tem condenação a 14 anos de prisão

Charlinho tem condenação criminal e Abeilardinho pode ser a opção dele

Com a ficha borrada por uma condenação criminal em processo no qual foi denunciado por fraude em licitação, o prefeito de Itaguaí, Carlo Bussato Junior, o Charlinho (MDB) – apostam alguns especialistas no assunto – dificilmente conseguirá registrar uma candidatura a reeleição em 2020, apesar de ser representado por uma das melhores bancas de advocacia do Rio, mas isto poderá não ser problema para ele. O que se comenta nos meios políticos da cidade é que a continuidade aconteceria através do vice-prefeito, Abeilard Goulard de Souza Filho, o Abeilardinho, que seria o candidato do governo a prefeito no próximo ano.

Filho do prefeito Abeilard Goulart de Souza – assassinado em junho de 1991 – Abeilardinho já começou a se movimentar como pré-candidato em reuniões internas. Apesar do nome leve, seus aliados temem que ele seja impactado pela alta rejeição acumulada por Charlinho.

Condenação – Charlinho foi condenado em novembro de 2016 a 14 anos de prisão Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas não ficou um só dia detido, porque a Justiça havia perdido o tempo para puni-lo. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por favorecer empresas e receber propina para aquisição de ambulâncias para o município de Mangaratiba (onde ele iniciou a carreira política) e depois para Itaguaí, entre os anos de 2000 e 2006.

Novo processo – Em julho deste ano ele voltou a ser denunciado pelo MP, desta vez pelo crime de ordenação ilegal de despesas. De  acordo com a denúncia do MP, Charlinho, logo no seu primeiro dia útil como prefeito – 2 de janeiro de 2017 – sancionou a Lei Municipal nº 3.460/16 aprovada em dezembro de 2016, fixando subsídios de R$ 20 mil para os cargos de secretários municipais, procurador-geral e controlador-geral, contrariando a Lei da Responsabilidade Fiscal.

Ainda de acordo com o MP, o aumento de gastos não foi acompanhado da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício de 2017, nem nos dos anos seguintes, 2018 e 2019.

A Promotoria apontou ainda um segundo crime, ocorrido em julho do ano passado, quando Charlinho voltou a ordenar despesas não autorizadas por lei, autorizando aumento de 400% nos subsídios dos diretores geral e médico do Hospital São Francisco Xavier.

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