Paulo de Frontin: governo sob investigação por fraude em licitações continua escondendo receitas, despesas e contratos

● Elizeu Pires

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Alvo de investigações do Ministério Público por supostas fraudes em licitações, inclusive restrição de publicidade dos avisos e editais dos certames, ao que parece, a gestão do prefeito da pequenina cidade de Engenheiro Paulo de Frontin, no estado do Rio de Janeiro, José Emmanoel Artemenko, o Maneko (foto) continua ignorando a palavra transparência, que tem clareza até em seu significado, já que não possui duplo sentido.

É o que sugere a indisponibilidade de informações que deveriam ser públicas por imposição legal, mas não chegam ao conhecimento dos interessados em fazer o controle social de forma alguma, muito menos por meio do site oficial do município, tornando impossível saber, por exemplo, onde e em que Maneko está gastando o dinheiro público, uma receita que somou R$ 416 milhões nos quatro anos da primeira gestão dele, e chegou a R$ 37,4 milhões no primeiro trimestre de 2025, segundo registros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).

De acordo com os dados da Corte de Contas, a gestão de Maneko arrecadou R$ 97.920.050,84 em 2021; R$ 104.898,313,87 em 2022; R$ 103.210.214,84 em 2023 e R$ 107.033.132,63 no ano passado, mas que tenta acessar o que o governo municipal tem coragem de entrar no chamar de Portal da Transparência não consegue ver os contratos firmados com as empresas prestadoras de serviços e fornecedores.

Quem faz, por exemplo, a busca no site oficial do município por algum contrato em nome da Utilicar Rent a Car – que é alvo de investigação do Ministério Público –, não encontra nada, mas a empresa já firmou alguns com a gestão de Maneko e já recebeu mais de R$ 5 milhões dos cofres da municipalidade pela locação de veículos.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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