Contratada em jogo de “cartas marcadas” volta à Silva Jardim

Anderson já foi enquadrado pelo MP por causa dessa mesma empresa, mas parece que de nada adiantou

Empresa de terceirização de mão de obra, segundo o MP, foi escolhida em licitação esquisita em 2014, mas apesar da Promotoria, ela venceu mais uma

De acordo com entendimento do Ministério Público a contratação da empresa General Contractor para fornecimento de mão de obra a Prefeitura de Silva Jardim, ocorrida em 2014, teria se dado de forma fraudulenta, a partir de um processo licitatório que, segundo o MP, teria sido um jogo de cartas marcadas, mas para o prefeito Anderson Alexandre, ao que parece, a posição da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva (núcleo de Araruama) e nada é a mesma coisa, pois a empresa está de volta ao município e a ata de registro de preços até já foi homologada. A nova contratação foi assegurada no Pregão Presencial 106/2015 e tem como objeto a terceirização de pessoal para as funções de copeiro, cozinheiro, motorista, trabalhador braçal, vigia e operadores de máquinas pesadas e roçadeiras.

O primeiro contrato da empresa tinha o valor global de cerca de R$ 20 milhões e por ele a General Contractor recebeu pouco mais de R$ 11 milhões, R$ 7.912.244,01 em 2014 e R$ 3.199,222,16 no ano passado, mas muitos dos trabalhadores contratados para a Prefeitura através dela reclamam que ainda tem dinheiro a receber. Por conta disso, em janeiro de 2015, o prefeito anunciou que romperia contrato com a empresa por que essa não queria pagar o décimo terceiro salário dos terceirizados referente ao ano de 2014, só o fazendo no dia 23 de dezembro, depois de pressionada pelo governo, que por sua vez foi encostado na parede pelos trabalhadores. Anderson não só não cumpriu a promessa, como deixou que os atrasos prosseguissem durante quase todo o ano seguinte e agora a General Contractor venceu mais um pregão.

Muitos dos terceirizados reclamavam que chegavam a receber menos da metade do que efetivamente a empresa faturava do município por cada um deles e a General Contractor também, segundo eles, não pagava hora extra, não aceitava atestados médicos e sempre arrumava um meio de descontar ainda mais no salário base de R$ 740. Alguns contratados revelaram em 2014 que um trabalhador pelo qual a Prefeitura pagava R$ 1.650,96, recebia no fim do mês apenas R$ 666.

Documento relacionado:

Ata de registro de preços

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