Inelegível lança mulher em Araruama

O ex-prefeito Chiquinho da Educação costurou uma aliança com o PRB em favor de Lívia

Sem poder se candidatar, Chiquinho já até divulgou um slogan “vota que ele volta”

Quem pensa que o fato de figurar várias vezes na lista dos maus gestores do Tribunal de Contas do Estado (onde teve cinco contas reprovadas), ser um recordista em multas, estar condenado por improbidade administrativa e inelegível até 2020 desencoraja o ex-prefeito Francisco Carlos Fernandes Ribeiro a tentar voltar ao poder está redondamente enganado. Em 2012 ele lançou um irmão para disputar a Prefeitura e amargou um terceiro lugar, mas a derrota não o desanimou. Chiquinho da Educação já arrumou um outro nome. Trata-se de sua esposa, Lívia Soares Bello da Silva, pré-candidata a prefeita pelo PDT, que junto com ele tem participado de reuniões em vários bairros de Araruama.

As convenções que definirão as candidaturas vão acontecer entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, mas a Lívia do Chiquinho, como a pré-candidata é chamada na cidade, já está praticamente em campanha e durante as reuniões tem sido citado até um slogan, “vota que ele volta”. Afastado da vida pública desde janeiro de 2009, Chiquinho foi condenado por improbidade administrativa, sob a acusação de ter usado trabalhadores da Prefeitura de Araruama na construção de uma casa em Búzios. Agora estabelecido com um restaurante na cidade que governou por dois mandatos consecutivos, Chiquinho viu desvanecer em 2012 o sonho de voltar a governar, ainda que indiretamente. João0 Carlos, seu irmão dele teve pouco mais de 4,6 votos numa disputa em que o segundo colocado, André Mônica, somou 28.848 votos e o vencedor, Miguel Jeovani, 31.010.

Chiquinho foi condenado por improbidade em ação civil pública proposta em 2007 pelo Ministério Público, que investigou a utilização de servidores públicos em obra realizada na casa do então prefeito em Búzios. “Após a prova oral colhida, restou cabalmente provado ter havido ato de improbidade administrativa por parte do então prefeito de Araruama primeiro réu Francisco Carlos Fernandes Ribeiro e do seu secretário municipal de Obras segundo réu Luiz Carlos Guedes”, diz parte da sentença no processo no qual pedreiros, ajudantes, pintores e eletricistas, todos servidores municipais, afirmaram que faltaram ao serviço na Prefeitura para trabalharem na casa de Chiquinho.

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