Quanto Custa a Câmara de Queimados, um poder considerado por lá como “caro e supérfluo”?

● Elizeu Pires

A Casa comandada pelo presidente Nilton Moreira, para observadores locais, está mais para uma extensão do governo de Glauco Kaizer que para um poder independente Dizem lá pelas bandas de Queimados, município carente da Baixada Fluminense, que para ser considerada ruim a gestão do prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) tem de melhorar muito. Entretanto, a julgar pela complacência da Câmara de Vereadores, os 17 membros da Casa devem estar muito contentes com o governo, talvez pelos cargos ocupados por indicados deles, ou sabe-se lá o que mais, uma vez que não dão um passo sequer no sentido de fiscalizar uma administração nada transparente, e não fazem um questionamento sequer sobre os contratos não disponibilizados ao controle social e as adesões de atas de registros de preços, manobra que tem sido feitas com frequência para evitar a abertura de processos licitatórios.

De dezembro de 2016 até hoje Washington Reis teve apenas quatro meses de elegibilidade, mas conseguiu governar sem problemas

● Elizeu Pires

O período de elegibilidade de Washington Reis foi de 18 de novembro de 2020 a 16 de março de 2021 Anunciado como vice pelo governador Claudio Castro – escolha que para alguns observadores pode vir a custar caro ao inquilino do Palácio Guanabara –, o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), está tecnicamente inelegível por conta de uma condenação a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto, mas isso não parece ser problema para quem está acostumado a obter na Justiça as vitórias mais improváveis, como a liminar que o permitiu tomar posse como prefeito reeleito, conseguida em novembro de 2020.

TSE determina remoção de conteúdo com acusações contra Lula e o PT

Canais no YouTube fizeram associação do pré-candidato e do partido com a morte do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002, entre outras alegações sem provas

O presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes (foto), determinou a imediata remoção de conteúdo divulgado no YouTube que faz campanha negativa contra o pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na decisão, Moraes destaca que liberdade de expressão não pode ser confundida com liberdade de agressão e nem de destruição da democracia, das instituições e da dignidade e honra alheias. “Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos”, asseverou.

Condenação de Garotinho por compra de votos pelo TRE é um alívio para o grupo que o rejeita no União Brasil

● Elizeu Pires

Na semana passada, horas depois de ter seus direitos políticos devolvidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) - no caso da Operação Chequinho -, o ex-governador Anthony Garotinho (foto), teve confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) uma condenação por compra de votos. Se doeu em Garotinho, foi um alívio para um grupo do União Brasil, partido pelo qual o político se anuncia como pré-candidato ao governo fluminense.

STJ devolve direitos políticos a Antonhy Garotinho, mas horas depois o TRE-RJ confirmou uma sentença contra ele por compra de votos

Uma liminar assinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, restabeleceu os direitos políticos do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (foto). Ele pretende voltar ao posto que ocupou de 1999 a 2002 e é pré-candidato pela União Brasil às eleições deste ano. As candidaturas deverão ser registradas pelas legendas até o dia 15 de agosto, e o primeiro turno ocorre em 2 de outubro.

Em 2018, Garotinho teve uma condenação por improbidade administrativa confirmada em segunda instância. Ele foi julgado por participação em um esquema de desvios de recursos da Secretaria de Estado de Saúde entre 2005 e 2006, período em que o estado do Rio era governado por sua mulher, Rosinha Garotinho. Na época, Garotinho era secretário de governo. As irregularidades foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e o processo correu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.