Decisão do Tribunal de Justiça confirma trancamento de investigação por CPI aberta contra ex-prefeito de Mangaratiba em 2022

Foto: Reprodução O desembargador José Cláudio de Macedo Fernantes, da 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão tomada na última quinta-feira (23), manteve sentença do Juízo da Vara Única da Comarca de Mangaratiba, proferida em 2022, determinando o trancamento de um processo de impeachment contra o então prefeito Alan Campos da Costa, o Alan Bombeiro (foto), que foi representado na ação pelos advogados Marcio Alvim Trindade e Eduardo Damian.

Proposto pelos vereadores Renato José Pereira e Mair Araújo Bichara, o processo visava cassar o mandato do prefeito pelo fato de ele não ter feito revisão anual dos vencimentos dos servidores públicos durante a pandemia da Covid-19, argumento que não convenceu a Justiça, que não viu justa causa para se instalar a CPI.

Mangaratiba: Servidores  dizem amargar longa espera por pagamento de direitos, enquanto alguns escolhidos ganharam presente de ano novo

No primeiro dia do ano a caixa postal do elizeupires.com ficou atulhada de mensagens de servidores e ex-servidores da Prefeitura de Mangaratiba, resultado da grande repercussão da Mangaratiba: Alan Bombeiro abre saco de bondades no último dia de mandato em favor de mais de 130 ex-servidores, veiculada às 18h30 do dia 31 de dezembro, que revelou o último ato do agora ex-prefeito Alan Campos da Costa, que usou 71 páginas da última edição de 2024 do diário oficial com seu pacote de bondades em favor de 134 pessoas, entre elas ele mesmo.

Nas mensagens queixas de quebra da ordem cronológica para o pagamento de direitos adquiridos e até de verbas indenizatórias. Contratados ou ocupantes de cargos comissionados que viram o ano ir embora e nada de ver a cor do dinheiro devido pela administração municipal.

Mangaratiba: Alan Bombeiro abre saco de bondades no último dia de mandato em favor de mais de 130 ex-servidores

● Elizeu Pires

Alan gastou o resto da tinta da caneta em favor de 134 escolhidos para receberem "pecúnia indenizatória", inclusive o próprio - Foto: Reprodução A última edição do ano do diário oficial de Mangaratiba saiu nesta terça-feira (31) recheada de uma bondade repentina por parte do prefeito Alan Campos da Costa, o Alan Bombeiro, que no apagar das luzes de sua gestão resolveu gastar parte do pouco que ainda restava nos cofres da municipalidade, para beneficiar um grupo seleto de 134 pessoas, servidores e ex-servidores com o pagamento de pecúnia indenizatória, cujos valores não foram revelados.

Iniciada a transição em Mangaratiba

Equipe do prefeito eleito já está trabalhando

A Prefeitura de Mangaratiba iniciou oficialmente o processo de transição de governo com a primeira reunião junto às equipes indicadas pelo prefeito Alan Bombeiro e o prefeito eleito Luiz Cláudio. A reunião aconteceu no gabinete nesta sexta-feira (8), e foi liderada pelo vice-prefeito eleito Lucas Venito. Os responsáveis já haviam se encontrado na segunda-feira (4).

Só se for de longe… bem distante

● Elizeu Pires

Nos ambientes políticos de Mangaratiba é voz corrente que o suplente de deputado estadual Luiz Carlos Ribeiro, pré-candidato do Republicanos, é o nome preferido do prefeito Alan Campos da Costa, o Alan Bombeiro (foto), na disputa pelo governo municipal, para fazer frente ao ex-prefeito Aarão de Moura Brito, que vai tentar retornar ao poder.

Pesadelo: Mangaratiba não esquece o grupo Locanty que faturou alto na cidade com serviços questionáveis e deixou reclamações trabalhistas que acabaram complicando a administração municipal

● Elizeu Pires

Foto: Reprodução Em novembro de 2016 o então prefeito de Mangaratiba, Rui Quintanilha, poucos dias antes de ser sucedido por Aarão de Moura Brito Neto, resolveu prorrogar o contrato da Própria Ambiental, empresa então responsável pela coleta de lixo na cidade, que desde julho daquele ano vinha operando com outro nome, Rio Zin Ambiental Serviços. A prorrogação se deu por termo aditivo ao contrato 040, que já havia gerado pagamentos no total de cerca de R$ 80 milhões a empresa, que apesar dos altos valores recebidos, reclamava a população, prestava péssimos serviços. Saiu Rui, entrou Aarão, e quando se pensava que a empresa iria perder o reinado no município, ocorreu a continuidade até a chegada de Alan Campos da Costa, o Alan Bombeiro, que tirou de lá o grupo criado pelo empresário João Felippo Barreto, o Joãozinho da Locanty.