
Alvo de ações na Justiça e de investigações abertas pelo Ministério Público, o prefeito de Itaperuna, Marcus Vinícius de Oliveira Pinto, o Dr. Vinícius (foto), voltou ao radar do MP, desta vez por suposto uso irregular dos cerca de R$ 13 milhões recebidos pela Prefeitura para ajudar no enfrentamento à pandemia da covid-19.
A promotoria recebeu denúncia encaminhada pelo deputado estaual Filippe Poubel, e requereu à Justiça, como medida de urgência, que sejam suspensos os efeitos do Decreto 6322/2020, baixado pelo prefeito para permitir a contratação de funcionários temporários em período eleitoral, que poderá render ao prefeito mais um processo por improbidade administtrativa.
Na representação ao Ministério Público o parlamentar alertou para o uso de R$ 4 milhões para aquisição de insumos e R$ 9 milhões para contratação de funcionários em período eleitoral e no momento de flexibilização da economia com a redução no contágio e número de casos da Covid-19 em Itaperuna. De acordo com o deputado, a finalidade das contratações seria garantir a formação de um exército de “cabos eleitorais e militantes digitais” durante a campanha deste ano.
“O prefeito não tem responsabilidade com o dinheiro público nem compromisso com a moralidade. Caso o prefeito pague um salário mínimo para cada contratado temporariamente, ele terá 9 mil cabos eleitorais. É uma atitude irresponsável de quem busca a reeleição a qualquer preço. A legislação eleitoral veda contratação nos três meses que antecedem as eleições”, afirma Filippe Poubel.
O prefeito de Itaperuna é investigado em outras oito ações por improbidade administrativa e chegou a ser afastado do cargo entre março e novembro do ano passado durante investigação sobre suspeitas de irregularidades na contração de serviço de coleta de lixo.
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